Grafóloga analisa traços da libido através da escrita!
Grafóloga analisa traços da libido de Cleo Pires e Thomas Troisgros, entre outros, através da escrita
Segundo Luciana Boschi, letra G ajuda a indicar o apetite sexual
RIO – “Mostre-me a escrita de uma mulher, e eu lhe contarei como é o seu caráter”. A frase de William Shakespeare deixa claro que o pingo do i, o corte no t e a barriguinha do g não têm nada de inocente. Detalhes de um texto feito à mão podem revelar muito sobre uma personalidade. Até mesmo na cama, longe dos olhos do mundo, entre quatro paredes. Formada pela PUC-Rio, a psicóloga Luciana Boschi, especialista em grafologia há mais de 15 anos e autora de três livros sobre o assunto, explica que a letra G é a que mais revela a libido de quem a escreve. Através da análise desta letra, é possível medir o erotismo e a capacidade de entrega sexual, entre outras atitudes. Enfim, basta uma caneta e uma folha de papel em branco para traduzir a libido de um parceiro ou de um candidato a.
— Partimos do princípio de que o ato de escrever é uma resposta inconsciente a impulsos cerebrais que revelam nossos sentimentos íntimos. Pela análise da escrita, dá até mesmo para ver se a pessoa tem problemas sexuais, que vão de falhar na hora H ao desinteresse pelo sexo. A fidelidade e as preferências também ficam explícitas — explica Luciana.
A pedido do ELA, a grafóloga analisou a escrita da atriz Cleo Pires, da estilista Katia Wille, do arquiteto Miguel Pinto Guimarães e do chef Thomas Troisgros. Luciana diz que, em geral, as pessoas ficam impressionadas com as informações passadas por suas letras. Ela explica que a grafologia apareceu em meados do século XVI, quando pensadores, filósofos e escritores perceberam que existia uma correspondência entre traços escritos e os de personalidade. E ensina:
— O g com a perna longa e cheia, por exemplo, indica vitalidade, energia física, luxúria, materialismo. Já o g que tem a forma parecida com a de um 8 denota uma vida instintiva intensa, com desejos e sonhos complicados.
Luciana, que tem entre os clientes empresas como a Coca-Cola Brasil e a Ambev, afirma que pelo conjunto é possível chegar à conclusão sobre a personalidade da pessoa, já que uma mesma letra pode aparecer de diferentes maneiras em um único texto.
Muitos outros elementos, que vão da inclinação ao espaçamento entre as palavras, são levados em consideração. A avaliação da pegada fica por conta da pressão exercida sobre o papel. Já a escrita tremida, sem firmeza, não é um bom sinal…
Dona do Instituto Dom Graphein (www.domgraphein.com), no Centro, Luciana, além de prestar consultorias a grandes empresas, dá aulas e faz palestras. Divorciada e mãe de Paola, de 20 anos, a grafóloga está solteira. Mas brinca que, antes da cama, os candidatos precisam passar pela prova do papel, mesmo em tempos de mensagens eletrônicas.
— Analiso todos, naturalmente. A grafologia tem que servir a mim também — ri. Mesmo com o uso cada vez maior em testes de recrutamento e de seleção de pessoal em empresa, a grafologia não é tratada como ciência. A psicóloga Ana Maria Stingel, do Departamento de Psicologia da PUC-Rio, dá sua opinião: — A questão não é ser contra ou a favor, desde que seja demonstrado através de pesquisas científicas que a Grafologia faz realmente o que se propõe a fazer. Nunca tive oportunidade de ler a respeito de uma teoria que explicasse, adequadamente, o seu funcionamento. Dessa forma, tenho de ser contra. A Psicologia é uma ciência objetiva, com bases científicas rigorosas. Então, há que se demonstrar, provar cientificamente, que a Grafologia funciona como pretende funcionar.
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